18 de set. de 2009

Em memória de Richard Wright Álbum solo

Broken China Tracks

1. Breaking Water
2. Night of a Thousand Furry Toys
3. Hidden Fear
4. Runaway
5. Unfair Ground
6. Satellite
7. Woman of Custom
8. Interlude
9. Black Cloud
10. Far from the Harbour Wall
11. Drowning
12. Reaching for the Rail
13. Blue Room in Venice
14. Sweet July
15. Along the Shoreline
16. Breakthrough



O CD "Broken China", do ex-teclista dos Pink Floyd, editado em 1996, não é mais do que o outro disco.
O disco, que em meu entender, destapa do lado menos iluminado de uma banda como os Pink Floyd, alguém fundamental, que coexiste ocultado por essa enfraquecedoura grandeza colectiva.
É um disco onde me surge como ideia central uma paragem necessária de uma rotina; uma paragem que permita repensar o percurso feito até esse mesmo ponto.
A necessidade deste acto de introspecção, advém de uma daquelas vontades que nos sujem sem que para isso arranjemos uma explicação só por si suficiente.
Todo este processo está representado num mergulho num ambiente purificador que não difere muito do ambiente subaquático, onde o silêncio, a ausência de ruídos, me parece ideal para nos escutarmos melhor, uma vez que dentro de água os ruídos acabam por ser no mínimo diferentes. E mesmo a própria ideia de mergulhar na água transmite-me a ideia de uma certa forma de libertação.
O autor da música do disco molda esse ambiente, que se pode reconhecer como fruto da vivência Floydiana, algo psicadélico e que me leva a aceitar esta minha visão de mergulho purificador como aceitável.
São 16 temas que fazem o todo de que é esta obra, que o seu autor destina:
"To all those brave enough to face their past."
Dedicatória algo provocante mas muito correcta, uma vez que para se enfrentar o passado há que fazê-lo individualmente, e isso implica o isolamento social, que como se sabe abafa fortemente os problemas individuais de cada um dos seus elementos. Mas este acto de enfrentar o passado, a meu ver é mais profundo do que á primeira vista pode aparecer, é uma paragem que acaba por resultar num reencontro profundo com aquele que, por falta de se encontrar, parou.
Deixo a minha percepção de algumas faixas:
"Breaking Water", a primeira música do disco, leva-me perto do sítio que julgo fundamental para compreender o que quero explicar: O Princípio; já no disco que Mike Oldfiel criou inspirado no livro "The Songs of Distant Earth", encontro essa harmonia de começo.
Algo que sendo muito simples, apaga os ruídos residuais, que pertinentes, custam muito a abandonar a paciência que o Homem tem, para o que recebe do mundo através dos ouvidos.
Paciência esta necessária para receber outros estímulos.
A música de "Night of Thousand Furry Toys", segura a ideia que a letra de Anthony Moore transmite de um novo mundo que não nos pode ser de todo, assim tão estranho.
É esta dupla quem nos apresenta: "Hidden Fear", que nos fala disso mesmo, de dores de adultos. Dores, ou medos recalcados ou escondidos, necessários para que as crianças passem a adultos: crianças que mantêm na solidão tudo o que sempre nos fica por compreender.
A corrida flui como nos passam os dias quando não sobra tempo, ou não se possui conhecimento capaz para conceber toda a novidade que espreita e aparece tão rapidamente, com o nosso contacto com o mundo exterior: o fascínio, ou a pacífica contemplação da novidade em "Runaway", "Unfair Ground" e "Satellite".
Em "Woman of Custom" está explicita a mudança, para uma necessária construção de caracter.
Este tema é muito bonito porque a fraca voz de Rick Wrigth contrasta com a enorme força das palavras que canta.
"Interlude" apresenta em conjunto com ""Black Cloud" uma qualquer nova fase.
É um desarmónico ruído que se limpa perfeitamente em "Far from the Harbour Wall".
É a imagem da desorientação de quem já não é amado, resulta num mergulho, num ambiente algo aquático no tema "Drownig".
Depois vem a voz quente de Sinead O'Connor colorir com a luz familiar de uma qualquer balada clássica do "The Wall", (esse tal mergulho que mais não é senão a representação do reencontro de quem provavelmente já está a começar a perceber o gozo que dá encontrar-se de novo, após esse inevitável afastamento individual para manter uma relação amorosa entre duas pessoas) na canção "Reaching for the Rail".
Em "Blue Room in Venice" acontece um frustrado procurar físico da ideia que é amar-se alguém.
É a revelação de alguém que por já ter amado, cai na loucura, no desespero de não possuir objecto que lhe realize a vontade.
Vejo neste disco um pacífico e curioso olhar sobre o que pode ser uma vida, que sem ainda terminar, necessita de uma certa pausa para poder depois continuar.


WET DREAM 1978

1-Mediterraneonc
2-Against the odds
3-Cat cruise         
4-Summer elgy      
5-Waves                
6-Holiday               
7-Mad yannis dance 
8-Drop in from the top
9-Pink's song             
10-Funky deux           



IDENTITY 1984

1-Confusion   
2-Voices           
3-Private person   
4-Strange Rhythm    
5-Cúts like a diamond
6-By touching             
7-How dó you doit       
8-Sans we were dreaming

EM MEMÓRIA DE RICHARD WRIGHT


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