Pink Floyd18/12/2014 | 20h15
Conheça os principais discos do Pink Floyd, banda atemporal do rock progressivo
Mesmo sem abuso experimental, The Endless River, o último disco da banda lançado recentemente, mostra como o grupo permanece relevante apesar do tempo
Depois de um hiato de 20 anos desde o último álbum, a banda inglesa Pink Floyd lança The Endless River
Foto:
Pink Floyd / Reprodução
Para entender essa permanência entre o público, é importante citar os conflitos resultantes da necessidade de Roger Waters em se expressar por meio de conceitos e, do outro lado, David Gilmor, que sempre se ateve mais ao aspecto musical do processo criativo.
Se tais diferenças deram à luz obras inquestionáveis como Dark Side Of The Moon (1973), Wish You Were Here (1975) e The Wall (1979), também culminou na saída de Waters em meados dos anos 1980. Gilmor, Wright e Mason seguiram adiante e liberaram mais dois discos de grande sucesso comercial, provando ao amargo baixista seu equívoco ao afirmar que o Pink Floyd não seria nada sem ele.
E assim chegamos a The Endlless River, lançado após um hiato de 20 anos e, decididamente, o último álbum de estúdio da banda.
The Endless River, o últimoPor Ben Ami
Ainda em 2014, foi realmente inesperado o anúncio de que o Pink Floyd, a mais famosa e influente banda do rock progressivo, estaria liberando um novo disco. A comoção mundial foi enorme, mesmo que The Endless River tenha sido construído a partir dos restos mortais de Division Bell (1993), cujos arquivos somavam cerca de 20 horas de sobras de áudio.
O título do álbum foi inspirado no último verso de High Hopes do álbum The Division Bell de 1994 (The water flowing, the endless river, forever and ever). Dito isso, The Endless River nunca possuiria a intenção em desbravar novos caminhos. Os antigos arranjos foram editados e re-trabalhados e, como não poderia deixar de ser, ecos das décadas de 70 e 80 se fazem presentes, mas, globalmente, o que predomina é a música elegante e emocional, típica do que o Pink Floyd explorou nos anos 90.
Anunciado como uma homenagem ao falecido Rick Wright, o repertório oferece doses generosas de teclados e sintetizadores ao lado do melancólico trabalho de guitarra de David Gilmour, o que está muito bem representado por Sum, a belíssima Anisina (já conhecida nos velhos bootlegs) e as duas partes de Allons-y. Os quase 60 minutos de audição são, basicamente, preenchidos por música ambiente em uma sequência ininterrupta de faixas relativamente breves e diversificadas, mas que, juntas, funcionam muito bem em sua unidade.
Ainda que a voz do cosmólogo Steven Hawking se faça presente em Talkin 'Hawkin, toda essa seção instrumental culmina em Louder Than Words, a única faixa realmente cantada do disco, escrita pela mulher de Gilmor e que reflete sobre a simbiose da trajetória, tantas vezes tumultuada, do próprio Pink Floyd.
Considerando tudo _ a morte de Rick Wright e o fato de David Gilmor e Nick Mason já estarem na casa dos 70 anos _ é perfeitamente compreensível o anúncio de que The Endless River, o décimo-quinto álbum de estúdio, seja o último disco do Pink Floyd. Tudo tem seu fim, mas este é um final apropriado para quem tanto ofereceu ao mundo e que inclusive está no topo das paradas de sucesso de vários países do planeta. Mesmo sem nada de novo. Mesmo sem abuso experimental algum...
Pink Floyd, Reprodução
The Wall (1979), e a solidão de ser "outro tijolo na parede"Por Fabiano Schlempler
É o décimo primeiro álbum de estúdio da banda inglesa, sendo lançado em 30 de novembro de 1979 no formato de álbum duplo, tendo como temas o abandono e o isolamento pessoal simbolizado por uma parede metafórica. As idéias iniciais foram aparecendo durante a turnê "In The Flesh" de 1977, onde Roger Waters, após várias frustrações com o público, imaginou-se construindo um muro separando o palco dos espectadores. “The Wall” virou tema de cinema onde as músicas contam a história do personagem fictício Pink, baseado em Roger Waters, durante a segunda Guerra Mundial. O show “The Wall” exigia uma grande produção e vários efeitos especiais e teatrais. Pelo seu alto custo de produção, o concerto aconteceu apenas em Nova Iorque, Los Angeles, Londres e Dortmund. O show também foi apresentado por Roger Waters, que deixou o Pink Floyd em 1985, com o nome de "The Wall - Live In Berlin" considerado um dos melhores da história do rock e em 2010 com a turnê "The Wall Live" que tinha a execução completa do álbum. É a ópera rock mais conhecida no mundo, ficando em terceiro lugar nos EUA como o álbum mais vendido de todos os tempos, recebendo disco platina por 23 vezes. Na revista Rolling Stone ele aparece na 83ª posição dos 500 melhores álbuns de todos os tempos. Dentre os clássicos mais presentes nos shows podemos destacar: "In The Flesh?", "Another Brick In The Wall" (parte II), "Mother", "Young Lust", "Hey You", "Comfortably Numb" e "Run Like Hell".
Pink Floyd, Reprodução
Wish You Were Here (1975), o álbum para Syd BarretPor Fabiano Schlempler
Lançado em 12 de Setembro de 1975, é o nono álbum do Pink Floyd, tendo como temas os problemas mentais do ex-integrante Syd Barrett e também a ausência, além de críticar a indústria musical onde os interesses são voltados apenas ao lucro e sucesso.
Foram utilizados vários efeitos de estúdio e sintetizadores na sua criação e, como o próprio nome diz, contém umas das mais clássicas composições da banda, "Wish You Were Here". Outro destaque é "Shine On You Crazy Diamond", dividida em duas faixas (partes I a V e partes VI a IX). Durante a mixagem de “Shine On” em estúdio, Syd Barret apareceu repentinamente e sua aparência estava totalmente diferente tanto que os próprios músicos tiveram dificuldade em reconhecê-lo.
O disco atingiu a primeira posição na tabela da Billboard, ganhando disco de ouro e seis de platina até 1977. No mundo todo já vendeu mais de treze milhões de cópias. Teve um relançamento em 2010 com um disco bônus contendo três faixas ao vivo e outras de estúdio. É o álbum predileto de David Gilmour e também de Richard Wright, que dizia ser o que mais lhe dava prazer em ouvir.
Pink Floyd, Reprodução
Dark Side Of The Moon (1973), o mais popularPor Ben Ami
Com mais de 40 anos de seu lançamento (24/03/1973), o oitavo álbum do Pink Floyd é uma verdadeira obra prima que teve como inovação os vários efeitos nas gravações que na época eram surpreendentes. Músicas como Time (com vários relógios gravados separadamente) e Money (efeito de moedas em looping) são dois exemplos dessa novidade.
O ex-vocalista Syd Barrett foi a principal inspiração do grupo para a criação do álbum que continha músicas e instrumentais com menos durações e trazia nas letras a loucura, o lado falho e humano que está escondido dentro de cada um de nós. O famoso 'lado escuro da lua'. Foi um dos álbuns mais vendidos nos EUA, Reino Unido e França quando lançado e foi enquadrado em 2003 pela revista Rolling Stone no segundo lugar dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame.
Muitos relacionam o álbum com o filme O Mágico de Oz, onde, em vários momentos, existe uma sincronia quando colocados a rodar simultaneamente. A duração de cada música coincide precisamente com as cenas do filme. Mesmo assim, o grupo insiste em dizer que isso não foi feito. É só mera coincidência.
Fonte: http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc
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